Pela primeira vez o INE (2013) calculou uma taxa que identifica os jovens não empregados que não estão em educação ou em formação (NEEF).
Segundo os cálculos em 2012 (média anual) existiam 14,1% de indivíduos com idade entre os 15 e 24 anos que não estavam empregados, nem em educação ou formação (representando 159,5 mil pessoas)[1]. Mas se considerarmos a população entre os 25 e 34 anos, a taxa a atinge os 18,9% (275,4 mil indivíduos). Aliás, é no grupo compreendido entre os 20-24 anos que se alcança a maior proporção (20,4%). Estes valores são muito expressivos sobre uma realidade dramática que abarca um número crescente de jovens que se encontra numa situação de estagnação económica e social quase absoluta. A presente situação assume ainda maior relevância tendo em conta que os fluxos de emigração aumentaram expressivamente nos últimos anos[2] e, apesar disso, verifica-se mesmo assim um crescimento dos designados NEEF. A única exceção nesta evolução refere-se ao grupo dos jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos. Este dado explica-se, em parte, pelo aumento dos níveis de escolarização ocorridos nesta faixa etária.