A população empregada tem vindo a aumentar nos últimos anos, mas a sua dimensão ainda não recuperou em relação aos valores anteriores à crise.

Entre 2000 e 2008, a população empregada em Portugal situou-se sempre acima dos 5 milhões de indivíduos. Desde 2008 até 2013, ano em que a população empregada conheceu o seu valor mais baixo e o desemprego o seu valor mais alto no período analisado, o mercado de trabalho em Portugal perdeu quase 700 mil empregos, ou seja, -13,4% de empregos (-16% no caso dos homens). Os últimos três anos caracterizam-se por uma recuperação progressiva do emprego. Ainda assim, existiam em 2016 menos 511 mil empregos do que em 2008.

Pop. empregada_quadro 1

A Figura 1 detalha trimestralmente a informação relativa ao emprego entre o 1º trimestre de 2011 e o 2º trimestre de 2017. Nela é possível observar a queda muito intensa do emprego entre o 2º trimestre de 2011 e o 1º trimestre de 2013. Desde esta data até 2015, a evolução do emprego é marcada por dinâmicas de aumento do emprego, seguidas por períodos de estabilização e decréscimo desse indicador.  A partir de 2016 dá-se o aumento mais expressivo do número de empregados no período analisado. Entre o último trimestre de 2015 e o 2º trimestre de 2017, a população empregada aumentou em cerca de 200 mil efectivos. O emprego no 2º trimestre de 2017 representa um acréscimo de 336 mil empregados face ao período homólogo de 2013 e uma recuperação quase total face ao período homólogo de 2011 – que coincide com o momento da entrada da troika em Portugal.

Pop. empregada_fig. 1

O Quadro 2 especifica a informação anteriormente veiculada e alarga-a à evolução do emprego masculino e feminino. Enquanto o emprego feminino recuperou consistentemente face aos valores de 2011 (acima das 2,2 milhões de empregadas) desde o 2º trimestre de 2015, o emprego masculino só em 2017 é que se está a aproximar dos valores daquele ano.

Pop. empregada_quadro 2
 
Actualizado por: Frederico Cantante

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