O número de devedores de empréstimos concedidos pelo setor financeiro a famílias com a finalidade habitação tem diminuído em Portugal desde 2011, ainda que lentamente.
Observando a Figura 1, constata-se uma diminuição progressiva no número de devedores de empréstimos concedidos pelo setor financeiro a famílias com a finalidade habitação, ainda que pouco expressiva, entre 2009 e 2019. No segundo trimestre de 2019, 2 194 000 famílias tinham um empréstimo com a finalidade habitação.
A percentagem de devedores com crédito vencido dos empréstimos concedidos pelo setor financeiro a famílias com finalidade habitação (Figura 2) também diminuiu entre 2009 e 2019, de 5,2% para 3,8%. Todavia, entre 2010 e 2015 verificou-se uma ligeira subida de 1,1 pontos percentuais. Desde 2015 a percentagem de devedores em incumprimento tem registado uma diminuição progressiva (-2,5 pontos percentuais).
A Figura 3 apresenta a perspetiva regional, por NUTS II, da percentagem de devedores com crédito vencido dos empréstimos concedidos pelo setor financeiro a famílias, com a finalidade habitação. Em 2009, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e o Alentejo eram as únicas regiões com uma percentagem de devedores superior à média nacional. Entre 2011 e 2015, constatou-se o aumento da percentagem de devedores em quase todas as regiões. Neste período, o Norte e o Centro apresentaram valores mais estáveis. Em 2019, a percentagem de devedores com crédito vencido dos empréstimos concedidos pelo setor financeiro a famílias entre regiões varia entre os 3,3% no Norte e os 4,6% no Alentejo. Apesar desta última região apresentar a maior percentagem de devedores em 2019, a AML foi até 2017 a região com maior proporção de devedores com crédito vencido empréstimos concedidos pelo setor financeiro a famílias, com a finalidade habitação.
Nota metodológica: Os dados relativos aos empréstimos concedidos pelo setor financeiro a famílias com finalidade habitação referem-se ao último trimestre de cada ano para o período 2009-2018. Os dados de 2019 referem-se ao segundo trimestre, por constituírem os dados mais recentes à data (novembro de 2019). A utilização dos dados do último trimestre é o método de conversão para periodicidade superior recomendado pelo Banco de Portugal.